O planejamento da gestão de resíduos deve ser adequado ao tipo de negócio. Precisa ser supervisionado por um profissional e praticado por todos os funcionários. Em um cenário de pandemia, a necessidade de cuidados com o lixo precisa ser ainda maior. É preciso que os colaboradores tenham consciência a respeito do descarte adequado para reduzir as chances de contágio.
A velocidade de propagação do coronavírus é muito rápida, por isso é importante tomar cuidados redobrados para diminuir as possibilidades de contaminação primária e secundária. Em muitos locais, há carência de leitos nos hospitais. Não existe infraestrutura hospitalar para receber a quantidade de pacientes contaminados, além dos casos relacionados a outras doenças.
A consequência disso é que muitas pessoas não recebem o atendimento adequado. Veja abaixo alguns cuidados que devem ser redobrados no gerenciamento de resíduos durante essa pandemia!
1. A gestão de resíduos deve atentar para o descarte de EPIs
Em alguns ramos ou setores de trabalho, como a farmácia, os profissionais lidam diretamente com materiais contaminados. Precisam, por esse motivo, usar os conhecidos equipamentos de proteção individual (EPIs). Esses equipamentos envolvem luvas, máscaras, botas e outras coisas.
No Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), devem ser considerados os documentos individuais de cada EPI classificado como descartável e precisam ser elaborados os Certificados de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental (CADRIs). O CADRI precisa conter o laudo de caracterização, conforme a NBR 10.004/2004, emitido por laboratório capacitado para confirmar se existe ou não contaminação do produto, em qual classe ele se enquadra:
- Classe I: são resíduos perigosos que devem ser submetidos à incineração ou ao coprocessamento, já que não são passíveis de higienização;
- Classe II: não são resíduos perigosos, mas estão impróprios para uso e, portanto, devem ser destinados a aterros ou submetidos a processo de reciclagem.
2. O descarte de resíduos deve se orientar pelo RDC nº 222/2018
A gestão de resíduos, em uma situação como a que estamos atravessando, deve ter cuidados redobrados com os resíduos de saúde. Por isso, é fundamental conhecer e aplicar a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 222, de 2018, elaborada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Essa resolução trata do gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde, mantendo o controle sanitário e orientando também o gerenciamento geral da tecnologia usada nesses serviços. Os geradores de resíduos de serviços de saúde (RSS) envolvem serviços associados a:
- Saúde humana ou animal;
- Laboratórios que analisam produtos de saúde;
- Funerárias e necrotérios;
- Serviços de medicina legal;
- Farmácias e drogarias;
- Centros de controle de zoonose;
- Unidades móveis de atendimento à saúde;
- Outros serviços.
3. Os resíduos gerados devem ser lançados em uma lixeira adequada
Outro cuidado a tomar com a gestão de resíduos em uma época de pandemia é dar uma destinação adequada aos resíduos gerados diariamente. Isso deve ser feito escolhendo uma lixeira adequada para eles, conforme sua natureza. Não convém misturar, por exemplo, matéria orgânica com material plástico. Deve-se lembrar também que alguns materiais podem ser recuperados.
A lixeira é um depósito temporário que precede e inicia as operações relacionadas à coleta, ao tratamento e ao descarte final dos resíduos, estejam eles contaminados ou não.
Com a pandemia do coronavírus, os geradores de resíduos, especialmente aqueles que estão mais associados à saúde, precisam desenvolver uma gestão de resíduos mais dedicada, redobrando cuidados específicos. O ideal é contar com os profissionais de uma empresa especializada nesses serviços, pois eles farão tudo que for necessário, com todos os cuidados exigidos e respeitando as leis.
Aproveite para saber mais detalhes sobre como é feita a incineração de resíduos. A incineração, que é a queima controlada dos materiais, é a maneira mais segura de eliminar produtos perigosos sem deixar vestígios.
