Como gerenciar os tipos de resíduos gerados pela empresa de forma correta?

Categoria: Gerenciamento de Resíduos | Publicado em 13 deJulho de 2020

O primeiro passo para controlar os resíduos de uma empresa é saber quais são eles e como se enquadram perante a lei, ou seja, qual é sua classificação. Isso porque os resíduos são de diferentes naturezas e exigem, dessa forma, tratamento e destinação diferentes.

O grau de periculosidade é um fator decisivo para definir o tratamento e destino mais apropriados. Há resíduos que podem prejudicar mais que outros.  Com esses, os cuidados devem ser redobrados.

Vale salientar que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada a partir da Lei nº 12.305/2010 é uma das mais importantes referências sobre o tema. Continue a leitura, então, para saber como controlar os tipos de resíduos corretamente!

Veja quais são os diferentes tipos de resíduos


Conforme a lei da PNRS, os tipos de resíduos quanto à origem, podem ser: domiciliares, limpeza urbana, sólidos urbanos, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, serviços públicos de saneamento básico, industriais, serviços de saúde (RSS), construção civil, agrossilvopastoris, serviços de transporte, mineração.

Quanto à periculosidade, os resíduos podem ser perigosos e não perigosos, sendo que os primeiros podem ser:

  •         Inflamáveis;

  •         Corrosivos;

  •         Tóxicos;

  •         Patogênicos;

  •         Carcinogênicos;

  •         Mutagênicos;

  •         Teratogênicos.


Mas há outras leis e normas que servem para complementar a PNRS. A NBR 1004, por exemplo, divide os resíduos não perigosos em duas classes:

  •         Classe II A: não inertes (combustíveis, biodegradáveis, solúveis em água);

  •         Classe II B: inertes.


Já a Instrução Normativa nº 13/2019 do IBAMA faz uma lista de todos os resíduos sólidos do Brasil.

Entenda o mapeamento e a caracterização dos tipos de resíduos


Com a ajuda do mapeamento, se identifica a fonte que gerou o resíduo e o volume. Identificando esses pontos, é possível planejar o tratamento e a destinação, considerando as possibilidades de redução, reutilização ou reciclagem. Dessa forma, é possível identificar os tipos de resíduos por setores que os geraram.

Juntamente com o mapeamento, deve ser feita a caracterização deles. Por meio desse processo, são definidos aspectos biológicos, físico-químicos, qualitativos/quantitativos. São fatores analíticos que também ajudam a determinar as melhores maneiras de acondicionamento, armazenamento, tratamento, destinação final. Essa é a primeira fase do processo de caracterização, em que é realizado um detalhamento da origem do resíduo.

Na fase seguinte, são consideradas questões como: o estado físico do resíduo (sólido, líquido); o processo que deu origem a ele; a atividade industrial da qual faz parte; o principal componente dele. Na fase final da caracterização, é definida a destinação final (que pode ser, entre outras, aterro industrial ou aterro sanitário) ou o tratamento mais adequado (coprocessamento, compostagem, incineração, UPAC).

Avalie fazer o controle dos tipos de resíduos com uma empresa especializada


A vantagem de controlar os resíduos gerados por meio da terceirização, ou seja, contratando uma empresa especializada é que ela conhece as classificações dos tipos de resíduos e está qualificada para realizar o mapeamento e a caracterização, bem como possui a infraestrutura necessária para efetivar o tratamento e a destinação final mais apropriados.

Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), por exemplo, precisam de cuidados especiais. Uma boa empresa oferece uma solução global, que atende às expectativas de diferentes lugares (hospitais, clínicas médicas e veterinárias, laboratórios).

Os tipos de resíduos de serviços de saúde, conforme a  Resolução CONAMA nº 358/2005), são classificados em cinco grupos: A (biológicos), B (químicos), C (radioativos), D (equiparam-se aos resíduos domiciliares) e E (perfuro-cortantes e escarificantes).

A empresa especializada conta com a tecnologia adequada para tratar os resíduos infectantes do Grupo A e do Grupo E e os químicos (Grupo B), além de dar a destinação apropriada aos equipamentos médico-hospitalares, eletrônicos e assim por diante. O incinerador para os resíduos do Grupo B passou pelo teste exigido pela Resolução CONAMA nº 316/2002: o teste EDR (Eficiência de Destruição e Remoção).

Para o correto gerenciamento dos tipos de resíduos, a melhor solução é contratar uma boa empresa do ramo, já que é preciso cumprir uma legislação abrangente, nem sempre fácil de entender.

Agora que sabe tanto sobre controlar as diversas categorias de resíduos, aproveite para descobrir quais são os principais cuidados com a desinfecção durante uma pandemia!
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