Gerenciamento de resíduos sólidos: qual processo deve ser utilizado?

Categoria: Coprocessamento | Publicado em 18 deNovembro de 2020

Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o gerenciamento dos resíduos precisa assegurar o máximo reaproveitamento e a reciclagem, bem como reduzir a quantidade de rejeitos, ou seja, os resíduos que não podem ser reciclados.

Cada empresa geradora se responsabiliza pelos resíduos que produz, os quais devem ser segregados na fonte geradora como deve ser feito o gerenciamento de resíduos sólidos? Qual processo deve ser aplicado? Venha conferir!

Qual é a ordem de prioridade no gerenciamento de resíduos sólidos?


A PNRS define, como um dos seus principais objetivos, a ordem de prioridade no gerenciamento de resíduos sólidos:

  •         não geração;

  •         redução;

  •         reutilização;

  •         reciclagem;

  •         tratamento dos resíduos sólidos;

  •         disposição final dos rejeitos.


A partir da coleta seletiva, outra importante ferramenta de gestão, a empresa implementa a separação dos resíduos, conforme sua natureza, nos próprios lugares onde eles são gerados. Isso facilita a posterior destinação final.

O que é a logística reversa e qual sua importância na gestão dos resíduos?


A logística reversa é outra ferramenta valiosa no processo. Também é contemplada na PNRS e fomenta, de forma eficaz, a economia circular, já que estimula a reutilização e a reciclagem de produtos manufaturados, cuja a vida útil chegou ao fim, que estão com defeitos, que sofreram avarias no transporte ou nas mãos do consumidor final.

A empresa/indústria responsável por sua venda/produção deve organizar pontos de coleta para receber esses produtos e direcioná-los para o devido tratamento.

Nem sempre o produto é reutilizado ou reciclado pela fabricante ou distribuidora, mas pode vir a integrar o ciclo de produção/venda de outra indústria/empresa.

Quais os tipos de resíduos sólidos de acordo com a lei?


De acordo com a NBR nº 10004/ 2004, os resíduos sólidos industriais podem ser divididos nas seguintes classes:

  •         Classe I, perigosos: inflamáveis, reativos, corrosivos, patogênicos, tóxicos (latas de tinta e lubrificantes, EPIs contaminados, estopas, filtro de óleo, pastilhas de freio, baterias, pilhas e assim por diante);

  •         Classe II A, não perigosos não inertes: podem ser reciclados ou dispostos em aterros sanitários (mas precisam de uma análise sobre o potencial de reciclagem), como EPIs, limalhas de ferro, fibras de vidro, gessos, embalagens e outros;

  •         Classe II B, não perigosos inertes: podem ser colocados em aterros sanitários ou reciclados, pois têm baixa capacidade de reação e não sofrem mudanças com o passar dos anos, como sucatas e entulhos.


O que fazer com os resíduos sólidos perigosos?


O correto gerenciamento de resíduos sólidos deve analisar o melhor tratamento. Muitas vezes, antes da reciclagem, é preciso efetuar algum tratamento específico, como a esterilização, que inativa o risco biológico dos resíduos de serviço de saúde - RSS do Grupo A e E.

No caso de materiais que não podem ser reciclados, os rejeitos, há tratamentos diferenciados, como a esterilização antes da disposição final em aterros ou a incineração, que é a destruição dos materiais através da queima controlada a fim de evitar que haja contaminação do meio ambiente (principalmente, poluição do ar através da emissão de gases tóxicos).

Como aproveitar rejeitos como fonte de energia?


Alguns resíduos sólidos podem ser aproveitados de uma forma especial: geração de energia para processos industriais. É o caso da UPAC - Unidade de Produção Alternativa de Combustíveis, do coprocessamento e da reciclagem térmica.

A UPAC utiliza resíduos industriais, comerciais e alguns resíduos de serviços de saúde, como matéria-prima para a produção de combustível em um processo autossustentável. É uma ótima solução para evitar a disposição final em aterros.

O coprocessamento também usa alguns resíduos para gerar energia e matéria-prima nas cimenteiras. A reciclagem térmica também aproveita muitos resíduos destinados à reciclagem para gerar energia.

O gerenciamento de resíduos sólidos deve ser cuidadosamente planejado para evitar que o meio ambiente sofra algum impacto negativo. O correto é contratar uma empresa especializada, com licenciamento para os diferentes tipos de tratamento. Ela presta consultoria e cuida de todo o resto, realizando uma gestão global.

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