Como dar o correto tratamento aos resíduos hospitalares?

Categoria: Gerenciamento de Resíduos | Publicado em 25 deNovembro de 2019

Há diferentes tipos de resíduos, sendo que alguns são mais nocivos que outros. É o caso dos resíduos hospitalares, que podem conter microrganismos perigosos e outros contaminantes. Existem tecnologias próprias para tratá-los, eliminando os riscos de contaminação e convertendo os restos em rendimentos.

A falta de cuidados com esse tipo de resíduos pode provocar intoxicações e diferentes doenças aos seres humanos, além de gerar danos ao meio ambiente, como a contaminação do solo, da água, da vegetação. Porta é fundamental realizar o adequado tratamento dos resíduos hospitalares, como veremos neste post. Confira!

1. Conheça os tipos de resíduos hospitalares


Os resíduos hospitalares são divididos nos seguintes grupos:

  •         Grupo A: grande potencial de infecção, com agentes biológicos que podem causar infecção (bolsa de sangue contaminada e outros);

  •         Grupo B: têm substâncias químicas com potencial para provocar doenças e danos ao meio ambiente (corrosivos, inflamáveis, reativos, tóxicos); é o caso, por exemplo, dos reagentes para laboratórios, remédios para câncer e outros;

  •         Grupo C: resíduos hospitalares radioativos, com carga de radioatividade além do padrão, sem possibilidades de reutilização (como os exames de Medicina Nuclear);

  •         Grupo D: resíduos comuns que não tenham sido contaminados ou que possam causar acidentes (luvas, gazes, gesso, papéis, materiais que possam ser reciclados);

  •         Grupo E: objetos que podem furar ou cortar (lâminas, agulhas, bisturis, ampolas de vidro).


2. Respeite a legislação ambiental


É importante conhecer e utilizar as normas que falam sobre o tratamento dos resíduos hospitalares. Os responsáveis pelo transporte e tratamento devem seguir as premissas ao manusear o lixo hospitalar, evitando riscos à saúde das pessoas e ao meio ambiente.

Entre medidas importantes a adotar estão: a diminuição da carga biológica dos resíduos conforme os padrões requeridos (eliminação do bacillus stearothermophilus quando se tratar de esterilização e do bacilo subtyllis quando se tratar de desinfecção); atendimentos aos padrões definidos pelo órgão de controle ambiental estadual para a emissão dos efluentes líquidos e gasosos; descaracterização dos resíduos.

Além da ANVISA, que instituiu a Resolução RDC nº 222/18 (a qual disciplina as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde), há o CONAMA, órgão que também define regras para o descarte de resíduos de hospitais. As Resoluções CONAMA nº 358/05 e nº316/02, acerca do tratamento e disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dispõe sobre os procedimentos e critérios para o adequado funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. As empresas precisam de LO (Licença de Operação) e da documentação de monitoramento ambiental definida no licenciamento.

3. Aplique corretamente as fases de gestão de lixo hospitalar


As principais etapas do gerenciamento envolvem:

O acondicionamento


Nessa fase, os resíduos (nas geradoras) são armazenados em sacos destinados a cada tipo de material. O saco deve resistir à ruptura e ao vazamento, impermeável, respeitando os limites de peso. Não é permitido esvaziar ou reaproveitá-lo.

A coleta


É a etapa que envolve desde a partida do veículo que transportará os resíduos até a chegada ao seu destino. Abrange, portanto, todo o trajeto entre a remoção dos resíduos até os pontos de descarga: os aterros sanitários, as usinas de incineração, de reciclagem e assim por diante.

A triagem e o tratamento


Na etapa de triagem, são separados os resíduos hospitalares. No tratamento, são usados os métodos para reciclar ou oferecer a destinação final aos resíduos. Nessa última etapa, aplica-se o meio de tratamento mais adequado, como veremos abaixo.

4. Opte pelo melhor tratamento de resíduos hospitalares


O tipo de tratamento se relaciona com as características dos resíduos. Assim, temos a seguinte relação. Para o Grupo A, o tratamento de resíduos hospitalares envolve a esterilização por plasma, a incineração, a desinfecção química, a esterilização por micro-ondas, a esterilização a vapor, a esterilização por radiação ionizante, a esterilização a seco ou a inativação térmica.

Os resíduos do Grupo B podem ser submetidos à incineração (neste caso, inclusive, vale a leitura da já mencionada Resolução nº 316/02 do CONAMA). Os do Grupo C devem seguir as normas da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Os resíduos do Grupo D devem ser incinerados e reciclados. Os do Grupo E podem ser esterilizados por gases e desinfecção química.

O tratamento de resíduos hospitalares exige uma gestão bem definida, que deve obedecer a legislação ambiental para evitar problemas graves às pessoas e ao ecossistema.

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